Com o Brasil diferente, esse ano a caminhada para celebrar o Dia Internacional das Mulheres também foi diferente. Aconteceu no mesmo trajeto do 2 de Julho, da Lapinha até o Pelourinho. Tudo para reverenciar os 200 anos da Independência da Bahia e heroínas como Joana Angélica, Maria Quitéria e Maria Felipa.
A CTB Bahia participou com várias dirigentes da Central e de sindicatos filiados. A palavra de ordem "salário igual para trabalho igual" se somou a outras bandeiras, como mais direitos, empregos, valorização, segurança e respeito. "Estamos aqui com mulheres de todos os segmentos sociais, mostrando a nossa unidade e a nossa força para conquistarmos dias melhores. Vivemos um momento positivo no País. Celebramos a iniciativa do presidente Lula, que neste dia importante anunciou várias medidas que beneficiam as mulheres, na sociedade e no mercado de trabalho. Mas, estaremos nas ruas para garantir novas conquistas e ajudar a construir o novo Brasil", afirmou.
Para a secretária de Mulheres da CTB, Flora Lassance, o momento é de avançar. "Tivemos quatro anos de retrocessos com o governo anterior. Agora, temos a expectativa de avanços nas políticas para as mulheres e as trabalhadoras, como a lei que exigirá igualdade salarial para homens e mulheres na mesma função", destacou.
A secretária de Imprensa, Ivanilda Brito, enfatizou a importância de aproveitar o novo governo para resgatar e ampliar direitos. "É importante combater a prática de assédios moral e sexual, mais creches para facilitar a vida das trabalhadoras e leis que beneficiem as mulheres negras, jovens e da comunidade LGBTQIA+", pontuou.
Foi com esse espírito de combatividade que as baianas, em Salvador e cidades do interior, homenagearam as 129 operárias têxteis de uma fábrica têxtil, no EUA. No dia 8 de março de 1857, elas morreram queimadas pelos patrões por reivindicarem a redução da jornada de trabalho, equiparação salarial e tratamento digno.