21 DIAS DE ATIVISMO FEMINISTA | CTB reflete sobre violência contra as mulheres nas relações de trabalho

21 DIAS DE ATIVISMO FEMINISTA | CTB reflete sobre violência contra as mulheres nas relações de trabalho

Secretária das Mulheres da CTB-BA

A violência contra a mulher no ambiente doméstico ou em espaços públicos é um tema que vem sendo tratado com constância pela sociedade. Entretanto, este mesmo tipo de violência no ambiente de trabalho ainda segue sem muitos debates, estatísticas ou aprofundamento. Por isso, nesta campanha dos 21 Dias de Ativismo Feminista pelo Fim da Violência Contra a Mulher, que começou no dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra (sábado), a CTB tem como foco a violência contra as mulheres nas categorias de trabalho.

Uma em cada quatro mulheres foi vítima de algum tipo de violência na pandemia no Brasil. O dado é da pesquisa “Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil”, do Instituto Datafolha e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Lançada em junho de 2021, o estudo demonstra que 4,3 milhões de mulheres (6,3%) foram agredidas fisicamente com chutes, socos e tapas. E 25,1% das mulheres que sofreram violência durante a crise pandêmica falam sobre a perda de emprego e a falta de renda como barreiras para que possam sair do ciclo de violência. 


Esses e outros temas são abordados na campanha impulsionada pela Organização das Nações Unidas (ONU) pelo fim da violência contra meninas e mulheres do mundo todo. Internacionalmente, a campanha ocorre em um período de 16 dias de ativismo, com início em 25 de novembro (Dia do Combate à Violência contra a Mulher) e término no dia 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).


No Brasil, porém, a campanha começa no dia 20 de novembro (Dia da Consciência Negra), totalizando 21 dias de atividades que alertam sobre a garantia de direitos, a discriminação racial e alternativas contra a violência que atinge meninas e mulheres. 

Discutir a violência é urgente, especialmente no momento que passamos de pandemia, de aumento da violência e da fome, da carestia, do feminicídio e do racismo. Temos que levar em conta que o Brasil é o quinto país que mais mata mulheres no mundo.

A CTB-Bahia defende a ratificação da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que entrou em vigor em junho visando combater a violência e o assédio no ambiente de trabalho. 


A eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres é central e deve ser discutida nas escolas, nos locais de trabalho, nos sindicatos e nas famílias!