Luta, unificação e participação das mulheres no 5º Congresso Wagner Gomes da CTB
Dirigente da FETIM-Bahia, FITMETAL-Brasil e Secretaria de Políticas para Mulheres da CTB-Bahia
Pela primeira vez na história da CTB-Brasil, a direção executiva da central é composta majoritariamente por mulheres. Dos 73 integrantes, 38 são mulheres, e 35 são homens. Índice recorde de 52%.
A atual direção da central é composta por 157 dirigentes sindicais, cujo apoio foi de 98% das delegadas e delegados que participaram do Congresso, em formato híbrido, entre os dias 12 a 14 de agosto de 2021. Com mandato de 4 anos (2021-2025), a executiva é composta por 7 vice-presidentes, entre esses, a bancária Ivânia Pereira (SE) e a professora Valéria Morato (MG).
Além de Celina Arêas (MG), reeleita secretária da Mulher Trabalhadora. A executiva terá ainda como secretárias Eremi Melo (Formação e Cultura), Alaíde Bagueto (Políticas Sociais, Esporte e Lazer), Beatriz Calheiro (Políticas para a Juventude Trabalhadora), Lucimara Cruz (Políticas de Promoção da Igualdade Racial), Sandra Paula Bonetti (Defesa do Meio Ambiente e Saneamento), Elgiane Lago (Saúde e Meio Ambiente do Trabalho), Vânia Marques (Política Agrícola e Agrária) e Rosana Medina (Previdência, Aposentados e Pensionistas).
Papel das mulheres na CTB
A história das mulheres na CTB começou desde a fundação da central, em 2007. Nós mulheres urbanas e rurais, dos setores público e privado, das águas e das florestas contribuímos para construir o movimento sindical classista inserindo as demandas da mulher trabalhadora nas concepções e lutas da nossa central.
A paridade é estratégia política que altera a lógica do exercício do poder representativo nas direções estaduais e nacional da nossa central. E daqui para frente deve ser também critério.
É no fazer política, na militância e atuando e dirigindo os sindicatos, as centrais, e importantes ramos e categorias profissionais que vamos fazer com que esses 14 anos de acúmulo nos dê a possibilidade de fortalecer a CTB como esta deve ser – a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
Quanto mais mulheres estiverem no movimento sindical, e na política, mais teremos possibilidade de trazer para o movimento, históricas bandeiras das mulheres que só estarão incluídas na pauta geral dos trabalhadores, se estivermos efetivamente presente.
O aprendizado só é possível a partir do estudo e da prática, da vivência cotidiana e da participação efetiva nos processos de direção.
Temos certeza que há muita luta e muitos desafios pela frente. Mas compreendemos que a construção de práticas que reconhecem a importância da igualdade de gênero, raça e classe é imprescindível para a consolidação da democracia e do desenvolvimento econômico, com inclusão e justiça social no Brasil e no mundo.
Para classe dos trabalhadores, resistiremos: contra a fome, a miséria e a violência! Vacina para todos, todes e todas, já! Fora Bolsonaro!