Tokyo faz história com olimpíadas marcadas pela diversidade e defesa da igualdade de gênero
É professora e diretora do Departamento de Diversidade da APLB-Sindicato e secretária de Politica para Diversidade LGBTQIA+ da CTB-BA
Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 foram encerrados neste domingo (8) e entraram para a história não somente porque ocorreram num contexto de pandemia, mas por destacarem a disputa como as olimpíadas da diversidade e da defesa de igualdade de gênero. Esta edição superou as duas últimas (2012, em Londres, e 2016, no Rio de Janeiro) com número recorde de atletas LGBTQIA+ participando.
Foram pelo menos 160 atletas entre lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer e não binários assumidos. Os dois últimos Jogos juntos somaram 79.
A atleta que representa a sigla LGBTQIA+ é Laurel Hubbard, do levantamento de peso. Ela é da Nova Zelândia e tem 43 anos. Esta é a primeira vez na história que os jogos têm uma competidora trans. Laurel abriu portas para que as pessoas trangêneros possam continuar nos esportes e competições.
O Brasil está entre os cinco países com mais atletas LGBTQIA+. Ao todo, são, pelo menos, 15 atletas: Marta da Silva (futebol), Andressa Alves (futebol), Bárbara Barbosa (futebol), Formiga (futebol), Letícia Izidoro (futebol), Aline Reis (futebol), Debinha (futebol), Izabela da Silva (atletismo/disco), Babi Arenhart (handebol), Isadora Cerullo (rúgbi), Silvana Lima (surfe), Ana Marcela Cunha (natação), Ana Carolina (vôlei), Carol Gattaz (vôlei) e Douglas Souza (vôlei).
O mês das Olimpíadas foi também da visibilidade lésbica. Portanto, a pasta da diversidade de gênero sexual LGBTQIA+ da APLB-Sindicato comemora este fato histórico e parabeniza os/as atletas que demostraram mais uma vez que o esporte favorece a vida, as relações, a auto estima, e que a orientação sexual não interfere ou atrapalha a performance atlética.
Performance é uma coisa e preferência sexual é outra. Quanto mais o/a atleta se sentir bem consigo, melhor será seu desempenho. O fato de um/a atleta ser gay não significa que não possa ter ou ser destaque, um jogador/a extraordinária.
O esporte trabalha a coletividade e a própria diversidade. Portanto, estimula a lidar com as diferenças, sejam elas de personalidade ou sexualidade.
Sabemos das diversas barreiras ainda a superar, dentro e fora do esporte, mas as Olimpíadas de Tokyo 2020 deram um exemplo de como pode ser possível ter comunidade LGBTQIA+ demonstrando esportismo, respeito e inclusão, por um mundo menos lgbtfóbico!
#tod@sasvidasimportam!