Sindicalismo e Economia Solidária: Avanços e Desafios
Presidente da CTB -Bahia e a Secretária de Política Sociais da CTB-Bahia
Economia solidaria é a forma pelo qual possibilita geração de novas oportunidades de inserção social pelo Trabalho, propicia a democratização da gestão do trabalho; bem como conhecimento sobre produção;valorização das relações de cooperação; distribuição de renda e fortalecimento do desenvolvimento local sustentável
A CTB busca fortalecer o setor da economia solidária como uma alternativa democrática de desenvolvimento econômico, social e cultural fundamentados no associativismo e cooperativismo gerando cada vez mais emprego e renda.
Tramita hoje o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 49/2019, de autoria do senador Jaques Wagner (PT-BA), que cria no âmbito da Casa o Diploma Paul Singer. A ideia é reconhecer iniciativas empreendedoras na área da economia solidária. O parlamentar também possui Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 69/2019, todas as propostas incluem a economia solidária entre os princípios da ordem econômica previstos na Constituição Federal, e o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 137/2017 que cria a Política Nacional de Economia Solidária. A PEC está na Comissão de Constituição e Justiça e o PLC está pronto para ser votado no Plenário do Senado.
No Brasil, as centrais sindicais, em especial a CTB não está poupando esforços em promover um amplo debate e articulações a cerca do papel da Economia Solidaria como instrumento do movimento sindical na organização dos trabalhadores frente as transformações do mundo do trabalho.
Na Bahia em 2007, haviam mais ou menos quatro empreendimentos cooperativados. Hoje já são 53 em funcionamento real e com dinâmica financeira. Em 2011, foi aprovada a Política Estadual de Economia Solidária e a Lei do Cooperativismo, medidas que ajudaram a incrementar o setor.
Hoje existem inúmeras experiências do sindicalismo em se apropriar da gestão e produção doseado no cooperativismo e ecomonia solidaria, as experiência vão do artesanato a produção de chocolate, queijos e vários outros produtos em especial no sindicalismo dos trabalhares rurais.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o modelo de economia solidária emergiu no final do século 20 como uma proposta de organização autogestionária do trabalho e da produção, envolvendo um amplo conjunto de práticas coletivas em busca de novas estratégias de inclusão social e desenvolvimento territorial.
Existe uma dinâmica de mudança no mundo do trabalho e a economia solidária representa o processo de criação de um elemento novo para o Futuro do Trabalho é preciso entender que tipo de relação tem sido travada entre o sindicalismo e o setor na atualidade, sobretudo no que se refere à representação dos trabalhadores em torno de seus interesses em comum.
O desafio do sindicalismo é mergulhar na reflexão sobre o futuro do trabalho, prospectar os desafios, articular a compreensão da complexidade e enunciar lutas inovadoras para essa nova etapa histórica.
O sindicalismo tem, mais uma vez, a tarefa- fortalecer o trabalhador como classe, sujeito coletivo, ator político que constrói a história de todos, das nações, dos países e, hoje, do planeta.