CTB convoca primavera de lutas
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O ilegítimo presidente da República, Michel Temer, afirmou à TV Chinesa que a modernização trabalhista, imposta pela reforma que rasga a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) está fazendo um sucesso extraordinário porque flexibiliza as relações trabalhistas e combate o desemprego.
Essa conta não fecha. O Brasil atravessa nesse momento a maior crise econômica da sua história e ela tem afetado diretamente as famílias mais pobres, conforme indica a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 15,2 milhões de lares brasileiros ninguém possui emprego.
Aos chineses, Temer ocultou que mais de 26 milhões de brasileiros padecem hoje com o flagelo do desemprego.
Nunca é demais lembrar que essa é uma realidade que se instalou a partir do impedimento do mandato da presidenta Dilma Rousseff, com o mais duro golpe do capital contra o trabalho da história do país. Um golpe contra o nosso povo. Um golpe contra a nação.
Sabemos das dificuldades do tempo político, da crise econômica, do desemprego em alta escala, do terrorismo midiático praticado pela equipe econômica liderada por Henrique Meirelles para seguir adiante liquidando o país e impondo uma contrarreforma da Previdência. Todavia, não podemos deixar o bonde do retrocesso passar. A primavera está chegando e com ela precisamos encher as ruas com as pétalas da resistência, a cor da luta e a força da mobilização.
Iniciaremos mais uma Primavera, devemos convocar uma grande manifestação Nacional contra o ilegítimo e corrupto governo de Michel Temer. As continuadas denúncias de corrupção e o mar de lama onde estão mergulhadas diversas pessoas próximas do presidente e do próprio alto escalão do governo não devem passar em brancas nuvens.
O tempo reclama a realização de atos por todo o país em defesa da Democracia, contra o desmonte do Estado Nacional, em defesa das empresas públicas, contra as privatizações, em defesa da indústria, dos direitos da classe trabalhadora e da Previdência Social pública.
Como em outras etapas da nossa história, a CTB e toda a sua base ocupará as ruas do Brasil contra o projeto neoliberal e vende-pátria, que condena nosso povo a um destino de incerteza, miséria e de total retirada de direitos. Resistir a todo custo!
Adilson Araújo é presidente Nacional da CTB