Em assembleias lotadas, os bancários dos sindicatos do estado da Bahia decidiram na noite desta quinta-feira (1/10) rejeitar a proposta da Fenaban, de 5,5% de reajuste e abono de R$ 2.500, e entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira, 6 de outubro.
O movimento nacional é uma resposta da categoria ao desrespeito dos banqueiros, que mesmo com lucros bilionários ofereceram uma proposta rebaixada de reajuste, que não recompõe a inflação do período, que foi de 9,8% e muito menos atende à reivindicação dos trabalhadores que foi de 16%. Ao invés disso, os bancos ofereceram um abono de R$ 2.500, que não representa ganho real ao salário, pois não terá reflexo nos outros benefícios e provoca o achatamento dos salários a curto e médio prazo. Basta lembrar, que a negociação do índice é feita em cima do salário e não da remuneração total. Com isso, no próximo ano a negociação terá como base o que foi reajustado em 5,5%, ou seja, com uma defasagem de mais de 4% em relação à inflação.
Com data base em 1º de setembro, os bancários entregaram a pauta de reivindicações à Fenaban no dia 11 de agosto, com demanda de 16% de reajuste salarial (reposição da inflação e 5,7% de aumento real), PLR de três salários mais R$7.246,82, piso de R$3.299,66 (salário mínimo do Dieese de junho), fim das metas abusivas e do assédio moral, mais contrações e mais investimentos em segurança e igualdade de oportunidades.,
Foram realizadas assembleias nesta quinta-feira na base dos sindicatos de Camaçari, Feira de Santana, Juazeiro, Jacobina, Irecê, Itabuna, Ilhéus, Jequié e Bahia. Em Vitória da Conquista a assembleia foi realizada no dia 29 de setembro, mas apresentou o mesmo resultado.
