Em plenária realizada na manhã desta quinta-feira (26/3) o Fórum dos Movimentos Sociais da Bahia, articulação composta pela CUT, CTB, UNE, UBES, ABES, MST, Movimentos de Moradia, Consulta Popular, Levante Popular da Juventude, Marcha Mundial das Mulheres, Intersindical, UJS, UEB, UNEGRO , UBM, CEBRAPAZ, definiu pela realização de um ato em defesa da democracia no dia 1° de abril, às 15h, no Forte do Barbalho, local utilizado pela ditadura militar como principal centro de tortura a militantes da esquerda na Bahia.
“As entidades nacionais e estaduais dos movimentos sociais baianos entendem que no momento em que há manifestações públicas no Brasil cobrando o retorno do regime militar e a ruptura com a legalidade democrática, com o uso de formas, discurso e instrumentos semelhantes aos usados pelos promotores do golpe que depôs o presidente João Goulart, é necessário alertar a população sobre o risco que significa a conspiração golpista em curso no país. Em 1964, os golpistas que diziam combater a corrupção e defender a democracia, institucionalizaram a corrupção e enterraram a democracia. Milhares de patriotas e democratas foram exilados, torturados e assassinados. A censura, perseguição política e arrocho salarial também são marcas desse longo período de terror”, afirma a nota divulgada pelo Fórum após a plenária.
Para as lideranças dos movimentos sociais presentes na plenária a democracia no país corre risco na medida em que os derrotados nas eleições de 2014 não aceitam a vontade da maioria do povo expressa na urnas e planejam desestabilizar o mandado da presidenta Dilma para vencer no tapetão. Ao tempo em que denuncia os golpistas, as entidades propõem uma reforma política que enfrente a corrupção e aprofunde a democracia, defendem a Petrobrás como empresa pública e punição rigorosa aos responsáveis por desvios na gestão, levantam a bandeira do fim do monopólio das comunicações e se pronuncia contra qualquer tipo de ajuste fiscal que penalize a classe trabalhadora.