Declaração de Havana encerra 6º Encontro Nossa América em Cuba

Geral CTB Geral 07/05/2014

Terminou no último domingo (4/5) com a Declaração de Havana, o 6º Encontro Sindical Nossa América (ESNA), iniciado no sábado (03) em Cuba pela Federação Sindical Mundial (FSM). Foram dois dias de debates, quando cerca de 455 delegados e delegadas de 181 organizações representando 30 países, aprofundaram a discussão acerca da importância da integração latino-americana e a necessidade de luta social contra a ofensiva do capital na América Latina e no Caribe.

Na plenária final, os representantes aprovaram a Declaração de Havana, um documento oriundo das discussões efetuadas, que declara o apoio aos governos progressistas, ante as ofensivas neoliberais do imperialismo e incluí uma série de ações em defesa da da classe trabalhadora do continente.

No documento, os sindicalistas destacam a necessidade da luta social contra a ofensiva do capital. “São as lutas populares as geram condições para a ascensão ao poder de nossos países, de projetos que incluem no âmbito constitucional a agenda trabalhadora da cidade, campo, mulheres, jovens, e das minorias” afirma o texto.

A Declaração de Havana lida Juan Castilho, coordenador-geral do ESNA, expressa também total apoio a Cuba. "Território em que se desenrola a mais importante experiência na construção do socialismo", destaca.

Em sua intervenção Juan Castillo, também reforçou o apoio ao Governo e ao povo da Venezuela antes das tentativas de desestabilização na Venezuela impulsionada pelo governo dos Estados Unidos, que têm aumentado desde fevereiro passado.

"A situação denunciada, tem como objetivo provocar e gerar contradições na população desses países, a fim de buscar um confronto do povo contra o povo, apoiado por uma campanha de mídia. Temos de tomar uma resolução condenando o imperialismo empresa e suas diversas estratégias para dominar o nosso povo e declarar a mais profunda solidariedade com a Revolução Bolivariana, o povo venezuelano e o governo liderado por Nicolas Maduro", conclamou.

Os delegados ratificaram ainda apoio à Venezuela pelo então presidente Hugo Chávez, agora sob a liderança do presidente Nicolas Maduro. Os sindicalistas  também alertaram sobre a ofensiva reacionária na região contra os governos progressistas do Equador, Bolívia e Nicarágua. E os perigos de retrocesso no Brasil a partir do resultado do processo eleitoral presidencial a realizar-se ainda em 2014.

Ramón Cardona, coordenador-geral FSM nas Américas convocou uma frente comum contra a criminalização dos processos progressistas e as lutas populares no mundo. "São lutas populares que criaram condições para a ascensão ao poder em vários dos nossos países, incluindo projetos dos trabalhadores do campo, das mulheres e dos jovens e minorias”, disse.

 

Fonte: Portal CTB