O clima de unidade marcou o 13º Congresso da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe – Feebbase realizado sábado e domingo (6 e 7/12), no Hotel Portobello, em Salvador. Durante os dois dias do encontro, os dirigentes sindicais debateram a conjuntura política, traçaram um plano de ação e elegeram a diretoria da entidade para o próximo triênio. O cetebista Emanoel Souza foi reeleito presidente da Feebase, tendo como vice- presidente Eduardo Navarro.
Logo após a escolha, Souza agradeceu as presidentes dos sindicatos filiados pela colaboração na formação da chapa eleita. "Não temos uma Federação de disputa, mas uma Federação de unidade e isto é muito importante. Dou boas-vindas aos novos diretores, principalmente os mais jovens, que fazem parte da necessária mudança geracional do movimento sindical bancário. Aproveito também para conclamar a todos para mobilizar as bases e disputar os rumos do Brasil. Temos que ir para ruas e dizer que os trabalhadores devem entrar na cena política", afirmou.
Ao fim do Congresso, os dirigentes traçaram também um Plano de ação da Federação para o triênio 2015/2018. Entre os pontos definidos estão a manutenção do protagonismo político, com uma postura de autonomia e independência; a periocidade anual do Encontro da juventude; a realização de cursos de formação sobre Gestão sindical e Militância digital; a disputa de espaço nas mídias locais e rádios comunitárias; o fortalecimento da ação e da luta institucional da Federação com a sociedade; participação em campanhas pela democratização da mídia e reforma política; além da luta pelo projeto de lei de isonomia nos bancos públicos, em defesa do Banese e da segurança bancária.
Conjuntura
O debate sobre conjuntura foi iniciado pelo ex-presidente da Bahiagás e vice-presidente do PCdoB na Bahia, Davidson Magalhães, que relacionou algumas tendências para o momento histórico em que vivemos, como a crise econômica mundial, que tem como consequência o baixo crescimento econômico e o desemprego; a hegemonia do pensamento neoliberal, que leva à concentração de renda; o aprofundamento das desigualdades sociais; e a financeirização da economia.
Em relação ao Brasil, especificamente, Davidson traçou um breve histórico do desenvolvimento econômico do país, desde a industrialização promovida por Getúlio Vargas até a política de desenvolvimento nacional do Governo Dilma. Destacou que a partir do Governo de Lula foi resgatado o papel do Estado de indutor do desenvolvimento, apesar dos seus limites e contradições.
Para Davidson, a difícil vitória de Dilma nas eleições deste ano não nos dar conforto, pois há um agravamento da conjuntura política por causa das denúncias de corrupção na Petrobras e pelo desejo da oposição de desestabilizar o governo. "Só a mobilização dos trabalhadores mudará os rumos do Brasil", avaliou.
Homenagem póstuma
No início do Congresso, foi realizada uma homenagem a José Souza, ex-presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, e João Lisboa, ex-diretor do Sindicato dos Bancários de Itabuna, que faleceram neste ano de 2014. Foram exibidos dois vídeos que lembraram a atuação desses companheiros na luta dos trabalhadores e do povo brasileiro.
Com informações da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe.