Caixão, coroa de flores e cruz para simbolizar os 800 postos de trabalho extintos pelo HSBC Brasil em menos de uma semana. Assim foi marcada a paralisação na agência da avenida Sete, nesta quinta-feira (13/11), em Salvador.
Cerca de 20 cruzes faziam referência às 23 demissões ocorridas na Bahia. Quem passava pelo local prestava solidariedade aos bancários e mostrava indignação com a irresponsabilidade do banco inglês.
A atitude tem reflexo sobre todo o conjunto da sociedade. Os trabalhadores, pais e mães de família que perdem o emprego da noite para o dia, e os clientes que têm o atendimento precarizado. A economia nacional também perde, pois com a queda na renda, o consumo familiar diminui e muito dinheiro deixa de circular no mercado interno.
O diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Élder Perez, explica que tenta agendar uma conversa com a direção da empresa, que não quer o diálogo. "Os sindicatos tentam negociar, mas o HSBC não mostra a cara para dar satisfação sobre o ocorrido”.
Outra tática da organização financeira é a transformação das agências em escritórios de negócios para clientes com maior renda. A medida, na prática, expulsa os clientes com menor poder aquisitivo das unidades e empurra para os correspondentes bancários.
O Sindicato repudia as demissões e lembra que o Brasil sempre dá alta lucratividade ao banco inglês. A entidade estuda quais medidas jurídicas podem ser tomadas para acabar com a atitude desrespeitosa da empresa. Outras manifestações estão sendo organizadas.
Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia.
