Trabalhador sofre para marcar perícia médica na Bahia

Geral CTB Geral 27/10/2014

Os baianos sofrem quando precisam recorrer a Previdência para realizar procedimentos que necessitam de perícia médica. Em alguns casos, o tempo de espera entre a solicitação e a realização dos exames é de quatro meses.

Só em Salvador, existem 84 profissionais para realizar as perícias e outras atividades do INSS, porém 14 estão afastados para tratamento de saúde e nos dias de terça e quinta-feira quatro peritos são direcionados para o Departamento de Monitoramento e Observação do Beneficio, restando, desta forma, 66 para o atendimento que deve durar 15 minutos, tempo insuficiente para uma avaliação eficaz do trabalhador.

Um número é muito baixo para atender a demanda diária de quase 700 pessoas da capital e de outras cidades do Estado. Os bancários, como outros trabalhadores, engrossam as estatísticas.

“Há uma diferença grande entre a data que o bancário foi submetido a uma avaliação pelos médicos que o acompanha e que foi constatada a necessidade de afastamento, até a avaliação do perito da previdência”, declara o diretor de Saúde do Sindicato, Reinaldo Martins.

A deficiência é um problema nacional, o que mostra a necessidade de concursos para a contratação de profissionais. No entanto, para Reinaldo Martins, além de contratar, é preciso qualificar. “Hoje ortopedistas, pediatras e médicos clínicos estão no quadro de peritos. Mas talvez um pediatra e um clínico não estejam familiarizados com determinadas minúcias de casos como LER/Dort” completa.

Há também carência de médicos psicólogos e psiquiatras para perícias de doenças relacionadas à saúde mental do trabalhador. Tem mais, a OMS (Organização Mundial de Saúde) aconselha que o tempo de espera entre a solicitação e o exame seja de, no máximo, 15 dias.

 

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia.