Representantes dos trabalhadores, empregadores, do Dieese, do Ministério do Trabalho e do governo da Bahia se encontraram nesta quarta-feira (22/10), na sede do Ministério Público do Trabalho, em Salvador, para debater os impactos da rotatividade no mercado do trabalho. O problema atinge milhões de brasileiros todos os anos, com maior incidência nos setores de serviço, comércio e construção civil.
“A rotatividade tem impactos diretos na renda, saúde e qualificação do trabalhador, que embora seja o mais prejudicado com o problema, não é o único. A sociedade também perde muito com a rotatividade, já que é uma forma de apropriação da riqueza coletiva. O problema atinge principalmente os mais jovens, mas acaba impactando no momento da aposentadoria, já que decorre um bom tempo entre a dispensa e a recolocação no mercado de trabalho e este tempo não conta no tempo de serviço”, ressaltou o presidente da CTB Bahia, Aurino Pedreira, representante dos trabalhadores na mesa do seminário.
A melhor forma de enfrentar o problema é através do diálogo com os setores envolvidos, apontou a coordenadora Geral de Estatísticas do Mistério do trabalho, Maria Emília Veras, que apresentou as propostas de seminários semelhantes realizados em outras partes do país.
Entre as sugestões recolhidas até o momento, estão o fortalecimento de políticas de proteção ao emprego, a ratificação da convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho, o combate à terceirização, regulamentação da Constituição, além da ampliação das formas de acesso ao FGTS.