O fim do impasse entre os médicos baianos e o Bradesco Saúde que já dura três meses está próximo de ser finalizado. A audiência realizada no último dia 19 de setembro no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) não foi suficiente para que, mais uma vez, o Bradesco Saúde formalizasse propostas. Nem mesmo o acordo que enviaram aos cardiologistas baianos, de ajuste de 40% em procedimentos foi concretizado. Uma nova assembleia dos médicos está marcada para próxima quarta-feira (1/10), às 19h, na Associação Bahiana de Medicina (ABM).
A Ação Civil Pública que trata dos honorários médicos do Bradesco Saúde conta também com a participação do promotor de Justiça do Ministério Público do Trabalho (MPT), Pedro Lino. Novamente foi proposta negociação pelo MPT, mais uma vez aceita prontamente pelo Sindimed e pela Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM). Porém, os advogados do plano solicitaram prazo para se manifestar.
Caso o Bradesco Saúde não aceite fazer a conciliação, ficou definido que a juíza Lita Braid apresentará uma decisão definitiva até no máximo dia 5 de novembro, data da nova audiência, já que a demora da negociação vem colocando em risco a vida de 400 mil usuários.
Médicos querem negociar
Durante a audiência, a diretora do Sindimed e presidente da CEHM, Débora Angeli pontuou que os profissionais desejam o fim da paralisação, mas que o plano não tem colaborado. "Nós como médicos estamos mobilizados com a situação dos nossos pacientes, mas o movimento tem sido longo por conta da intransigência do Bradesco Saúde. Continuamos abertos para uma solução negociada", afirma.
O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, destacou que esse movimento da Bahia é histórico e que tem importância e reflexos nacionais: "O Brasil todo está esperando um resultado positivo e os médicos querem uma solução já. Os médicos estão firmes na luta, pois compreendem sua importância e que defasagem dramática dos honorários é insustentável", pontuou Magalhães.
Estiveram presentes na audiência representando as entidades médicas, o presidente e o secretário de Saúde Suplementar da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Geraldo Ferreira e Márcio Bichara, respectivamente, o presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremeb), Abelardo Menezes, o diretor da ABM, Cesar Amorim.
Fonte: Sindimed Bahia.