Após rodada de negociação com a Federação Nacional dos Bancos – Fenaban na manhã desta sexta-feira (19/9), o Comando Nacional dos Bancários orientou a categoria a preparar uma greve por tempo indeterminado a partir do dia 30 de setembro. A decisão foi motivada pela postura desrespeitosa da Fenaban, que ofereceu apenas 7% de reajuste salarial, o que está bem longe dos 12,5% pedidos pelos bancários.
“A proposta é uma afronta aos trabalhadores, pois representa um aumento real de apenas 0,61% no salário. Isto no setor mais rentável da nossa economia, que obteve lucros bilionários no primeiro semestre de 2014. A nossa paciência se esgotou. Agora vamos construir uma greve forte para fazer valer os nossos direitos”, afirmou Emanoel Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe.
A campanha salarial dos bancários começou em agosto, mas a Fenaban só apresentou uma proposta à pauta de reivindicação da categoria nesta sexta-feira, após cinco rodadas de negociação. “Mais uma vez eles enrolaram e apresentaram uma proposta insuficiente. Não podemos aceitar isso”, ressaltou Souza.
Como resposta, o Comando Nacional definiu um calendário de mobilização, que inclui duas assembleias: uma no dia 25 de setembro para aprovar a greve e outra no dia 29 para deflagrar a paralisação a partir do dia 30.
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 12,5%, PLR (Participação dos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 6.247,00, piso de R$ 2.979,25 e PCCS (Plano de Cargos e Salários) para todos os bancários. A pauta inclui também o fim das demissões, ampliação do quadro de funcionários para desafogar as agências, fim das metas e do assédio moral, segurança e igualdade de oportunidades.
