Médicos e Bradesco Saúde não entram em acordo

Geral CTB Geral 19/09/2014

O fim das negociações entre os médicos baianos e o Bradesco Saúde foi adiado mais uma vez. Ao contrário do que se esperado, a audiência realizada nesta sexta-feira (19/9) na Justiça do Trabalho não foi a suficiente para que o plano apresentasse uma proposta real de reajuste dos honorários, reivindicado pelos profissionais.

Desta vez, além da juíza Lita Braid, a mediação foi feita pelo promotor de Justiça do Ministério Público do Trabalho, Pedro Lino, que se apresentou espontâneamente para coloborar com as negociações. Para isso, o promotor sugeriu que seja feita uma mesa de conciliação, agora, no MPT. A sugestão foi aceita pelo Sindimed, porém os advogados do Bradesco Saúde alegaram que, antes, é necessário que a empresa seja consultada.

Desta forma, a juiza deu um prazo de dez dias para que o plano responda se aceita participar da conciliação no MPT, e analise documentos apresentados pelo jurídico do sindicato. Uma nova audiência foi marcada para dia 5 de outubro.

Durante a audiência, a diretora do Sindimed e presidente da Comissão Estadual de Honorários Médicos, Débora Angeli, informou aos mediadores que o plano apresentou uma proposta de reajuste de 40% em cima dos procedimentos, exclusivamente à sociedade baiana de Cardiologia, e ressaltou que, diferente disto, a categoria médica exige que a proposta seja para todas as especialidades, ou seja, que tenha isonomia. A médica ainda pontuou que os profissionais desejam o fim da paralisação, mas que o plano não tem colaborado. "Nós como médicos estamos mobilizados com a situação dos nossos pacientes, mas o movimento tem sido longo por conta da intransigência do Bradesco Saúde", afirma.

O presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, destacou que embora esteja sendo restrita à Bahia, a negociação tem importância nacional: "  Esta audiência é histórica. O Brasil todo está esperando um resultado positivo, por isso, não se pode mais protelar o acordo", pontuou Magalhães.

Estiveram presentes na audiência o presidente e o secretário de Saúde Suplementar da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Geraldo Ferreira e Márcio Bichara, respectivamente, o presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremeb), Abelardo Menezes, e o diretor da ABM, Cesar Amorim.

Fonte: Sindimed Bahia.