A Fenaban é só conversa. Em mais uma rodada de negociação, desta vez sobre as reivindicações pendentes, a Federação Nacional dos Bancos falou muito e não mostrou quase nada. Comportamento duramente criticado pelo secretário-geral da Federação da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, presente nos debates desta quarta-feira (17/9), em São Paulo. "Os graves problemas enfrentados pelos trabalhadores não têm espaço na agenda dos bancos. Não existe interesse em solucioná-los efetivamente".
Cobrados sobre o monitoramento de resultados, os representantes das organizações financeiras se comprometeram em alterar a redação. Atualmente, a produção dos funcionários fica exposta, aumentando a pressão e o assédio moral.
A mesma postura foi mantida sobre as gestantes demitidas. As empresas vão mudar o texto, que passa a garantir a anulação do desligamento, caso seja comprovada a gravidez. Hoje, as bancárias têm de recorrer à Justiça para ter o benefício.
A reabilitação profissional foi empurrada para a mesa bipartite e a complementação do 13º salário dos afastados será feita na mesma data dos demais. Sobre segurança, a proposta da Fenaban é implementar um novo projeto piloto. Mas não disse quando nem onde.
As mudanças reivindicadas na certificação CPA 10 e 20, os bancos querem fazer o reembolso da prova aos bancários aprovados. Se o candidato não passar, arca com as despesas. Um abuso.
Ainda na mesa, a alta rotatividade, as péssimas condições de trabalho, igualdade de oportunidade e o elevado índice de adoecimento na categoria.
Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia.