Mulheres são maioria entre as vítimas de tráfico de pessoas

Geral CTB Geral 15/08/2014

 As mulheres jovens, pretas ou pardas são as maiores vítimas do tráfico de pessoas para a exploração sexual e o trabalho escravo no Brasil. Esta é a constatação de um relatório do Ministério da Justiça, com base em dados repassados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, das Relações Exteriores, da Saúde, do Desenvolvimento Social, da Justiça e da Secretaria de Política para Mulheres. Os dados são de 2012.

Em 2012, a Polícia Rodoviária Federal identificou em suas operações 547 vítimas de exploração sexual e trabalho escravo. Já a Secretaria de Direitos Humanos contabilizou 141, e a Secretaria de Políticas para Mulheres, 58 vítimas. O Ministério do Desenvolvimento Social, que administra os programas sociais, registrou 292 vítimas.

O Ministério não somou os números, mas fez uma análise do perfil das vítimas com base nos dados do Ministério da Saúde, que apontou 130 vítimas de tráfico de pessoas identificadas pela rede de saúde. Destas, 104 eram do sexo feminino, e 85 pessoas (65%) tinham até 29 anos. Ao todo, 55 vítimas eram mulheres pretas ou pardas (42% do total); e 26, homens, dos quais 15 eram pretos ou pardos (57%).

Mais uma vez, os dados comprovam que os jovens negros e  pobres são as maiores vítimas de  violações de direitos, seja pela falta de oportunidades no mercado de trabalho ou pela retirada dos direitos básicos à liberdade e à vida.