Cartilha conscientiza sobre combate ao racismo na Copa

Geral CTB Geral 26/06/2014

Para combater o preconceito racial durante a Copa do Mundo Fifa 2014, o Governo da Bahia, por meio das secretarias estaduais de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e para Assuntos da Copa do Mundo (Secopa), lançou a cartilha ‘Copa sem Racismo’. O evento foi realizado nesta quinta-feira (26/6), no Centro Aberto de Mídia (CAM-BA), com a participação dos secretários Raimundo Nascimento e Ney Campello, respectivamente, e do professor e representante do Movimento Negro, Hélio Santos, que realizou palestra sobre o combate ao racismo.

O material educativo tem a finalidade de fomentar debates e orientar a população no enfrentamento ao racismo e está sendo distribuído em locais de grande circulação de torcedores, turistas e jornalistas que estão no estado acompanhando a Copa do Mundo.

"A distribuição da cartilha é feita dentro e fora do estádio e não apenas em dias de jogos em Salvador. Com esse material, queremos mostrar que Copa e racismo não combinam. A conscientização sobre este tema é dos legados que ficam para depois do Mundial de Futebol", ressaltou o secretário Ney Campello.

O conteúdo da cartilha apresenta uma contextualização histórica sobre o racismo no futebol, definições sobre o tema e informações jurídicas, como trechos de leis que contemplam o assunto. Também é possível encontrar uma lista com os contatos de órgãos que prestam assistência e acolhimento às vítimas ou podem ser utilizados em casos de denúncia.

O professor Hélio Santos explicou que historicamente o racismo esteve presente nos campos de futebol e durante muitos anos o Brasil tentou imitar os europeus durante os jogos. "Havia poucos negros jogando na seleção e quase não tínhamos goleiros negros. Lembro apenas de dois - um da década de 50 e outro da década de 90, que foi Dida”.

Segundo ele, com a habilidade de Pele, Mané Garrincha e outros a seleção brasileira passou a considerar o talento ao invés da raça. “Hoje, temos a maioria dos jogadores afrodescendentes, mas, mesmo assim, nos deparamos com a discriminação nos campos. Alguns torcedores tratam os jogadores com preconceito e queremos acabar com essa situação. Por isso, a conscientização e outras ações de combate ao racismo no futebol e fora dele são importantes para o enfrentamento".

Fonte: Secom  Bahia