GGB lança exposição sobre homofobia no Irã

Geral CTB Geral 25/06/2014

Para protestar contra a homofobia, o Grupo Gay da Bahia (GGB) lança nesta quarta-feira (25/6),  dia em que o Irã  e a Bósnia se enfrentam na Arena Fonte Nova em jogo  da Copa do Mundo, a exposição Irã – O Inferno dos Homossexuais.

O antropólogo Luiz Mott, fundador do GGB, explica que, em todo o mundo, 76 países adotam leis contra essas pessoas - as punições variam da prisão à tortura. Em mais sete, é praticada a pena de morte. O Irã é um desses países.

Por isso, o grupo escolheu o dia do jogo para inaugurar a exposição e defender o fim de penas contra homossexuais. “O objetivo da exposição é pressionar a ONU [Organização das Nações Unidas] e o Brasil para que sejam abolidas a pena de morte e as leis homofóbicas”, diz Mott.

Ele explica que a mostra vai exibir 30 fotos com cenas difíceis de se ver, mas que fazem parte do cotidiano de homossexuais em pelo menos sete países: a execução, por apedrejamento, açoite ou decapitação. O material foi reunido a partir da doação de fotos enviadas por gays  iranianos exilados nos Estados Unidos e na Europa, bem como pela Associação Internacional de Gays e Lésbicas (Ilga, na sigla em inglês).

Segundo Mott, essa também é uma forma de denunciar “que o Brasil é o cemitério dos gays”. Ele lembra que, enquanto no Irã são executados um a dois LGBTs - lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais - por ano, aqui são 300 mortes, em média, no mesmo período. Apenas entre 2013 e 2014, segundo dados do GGB divulgados em maio, o número de mortes representou um assassinato a cada 28 horas no país.

“O Brasil tem que resolver a situação”, diz Mott, para quem é preciso equiparar a homofobia ao crime de racismo; garantir educação sexual nas escolas e estimular que LGBTs ainda não assumidos “lutem pela sua cidadania plena”, defende.

A exposição sobre a homofobia na República Islâmica do Irã pode ser vista na sede da entidade, no bairro Pelourinho, das 10h às 18h, até o fim de julho.

 

Fonte: Agência Brasil.