Brasileiros e estrangeiros, que estiverem nas cidades-sede durante os jogos da Copa do Mundo Fifa Brasil 2014, terão acesso a preservativos e testes de HIV, ações que fazem parte da campanha global ‘Proteja o Gol, nesta partida não deixe a Aids marcar’, com o foco na prevenção da Aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis.
Em Salvador, a campanha foi lançada nesta segunda-feira (9/6), no Teatro Castro Alves (TCA), com a presença do governador Jaques Wagner, do ministro da Saúde, Arthur Chioro, dos embaixadores da campanha mundial, Kweku e Ndaba Mandela - netos de Nelson Mandela -, além de representantes das Nações Unidas.
“Realizar a campanha durante a Copa do Mundo chama mais atenção para que, principalmente, os jovens se conscientizem sobre a importância da prevenção. Fazemos uma ação de prevenção todos os anos, durante o Carnaval, com resultados positivos. Na Copa, a visibilidade para este tipo de ação é mundial”, afirmou o governador.
Lançada pelo Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV/Aids (Unaids), em parceria com o Fundo de Populações das Nações Unidas (Unfpa), Ministério da Saúde, Governo da Bahia e Prefeitura de Salvador, a campanha vai distribuir dois milhões de camisinhas nas 12 cidades-sede do Mundial, acompanhadas de panfletos com mensagens de prevenção.
A ação prevê ainda a realização de 40 mil testes de HIV, no período do evento esportivo, serviço a ser prestado em unidades móveis disponibilizadas pelo Ministério da Saúde, em locais próximos aos estádios e da Fan Fest, que em Salvador acontece no Farol da Barra.
‘Proteja o Gol’
A campanha ‘Proteja o Gol’ objetiva aumentar a conscientização sobre o HIV e mobilizar os jovens a se comprometer em favor da prevenção. Globalmente cerca de 4,6 milhões de jovens (entre 15 e 24 anos de idade) vivem com o HIV e aproximadamente 2.300 jovens são infectados a cada dia. Na Bahia, a ação contempla também os municípios de Mata de São João, Porto Seguro e Santa Cruz de Cabrália, cidades onde seleções estarão sediadas durante a Copa do Mundo.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, 718 mil pessoas são portadores do vírus da Aids no país, mas 150 mil desconhecem a situação. “Essa falta de conhecimento é um dos maiores desafios a ser enfrentado no combate à doença no país. Atualmente estão em tratamento no Brasil, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), cerca de 340 mil pessoas diagnosticadas com o HIV”, informou o ministro da Saúde.
O coeficiente de mortalidade por Aids vem diminuindo, no país, nos últimos dez anos. Em 2003, eram 6,4 casos por cada 100 mil habitantes, número que foi reduzido para 5,5 por 100 mil habitantes em 2012.
Fonte: Secom Bahia.