CTB-Bahia debate desemprego com pré-candidatos a vereador de Salvador

”Quando o assunto é economia, a capital baiana é sinônimo de comércio e serviços, cujo setor responde por 85% das riquezas produzidas na cidade. Os outros 15% vêm da indústria. A cidade não concentra estruturas gigantes de plantas industriais. O prefeito só faz obras na orla, só que a população mais carente não é contemplada, e assim cresce as desigualdades na nossa amada Salvador. ” Finalizou Pascoal Carneiro presidente da CTB-Bahia.

Salvador é a segunda capital do país com maior número de pessoas desocupadas (que não trabalham e procuram trabalho), perdendo apenas para Manaus (AM), segundo estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), a capital baiana teve taxa de desocupação de 17,5% nos três primeiros meses de 2020. O número está cima dos 15,2% verificados no 4º trimestre de 2019 e da taxa do 1º trimestre do ano passado (15,8%). Com este resultado, a cidade subiu no ranking de desocupação entre as capitais, da 3ª posição no ano de 2019 para a 2ª posição nos primeiros três meses de 2020.

Para a deputada federal Alice Portugal, Salvador padece pelo grande cinturão de pobreza e com os traços da escravidão, que ainda carrega “ Temos em Salvador um índice muito grande de desempregado, nossa cidade sofreu vários anos de exclusão e também de escolhas erradas pelos gestores municipais. Tivemos algumas tentativas no campo da esquerda, e não tivemos sucesso. Os governantes de Salvador fazem um governo para minoria, que são os ricos, assim deixa a periferia abandonada, sem políticas públicas. Tudo isso nos aflige e precisa de mudanças urgentes. ”  

Segundo Augusto Vasconcelos, pré-candidato a vereador, Salvador foi uma grande fazenda, que foi repartida e sente os reflexos até hoje. “ A renda per capta de Salvador é menor que muitas cidades da região metropolita. De acordo com o IBGE, o rendimento é o resultado da soma da renda recebida por cada morador, dividido pelo total de moradores do domicílio. Nossa cidade não está pior por causa do auxílio emergencial. Vivemos no cenário de tragédia social e não aceitamos viver só do verão. Temos uma cidade tão bela e aconchegante e precisamos, que todos tenham acesso a essa cidade. ”

Adson Batista, pré-candidato a vereador, questiona a falta de políticas de emprego e igualdade, “ Nossa cidade sofre demais com as desigualdades. Precisamos acabar com essa política que tudo é para minoria e a maioria? Vamos lutar para deixá-la igual em oportunidades e direitos.”