CTB marcha com as mulheres negras por reparação e bem viver

CTB marcha com as mulheres negras por reparação e bem viver

Geral 25/11/2025 Escrito por:

Nesta terça-feira (25), Brasília recebeu a Marcha das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver. Milhares de mulheres ocupam a capital federal para exigir respeito, mais direitos, fim da violência e igualdade. 

A CTB Bahia reforçou o ato com sindicalistas de várias categorias: Tereza Bandeira (dirigente do Sinttel e secretária de Combate ao Racismo da Central), Ivanilda Brito (presidenta do SindsaúdeBA e secretária de Imprensa da Central), Sônia Maria (dirigente da FETRACOM-BASE e da Central); Hercília (SINTRACOM-BA), Daiana Alcântara (presidenta do Sintest-UEFS), Carine Dias e Josélia Ferreira (SintraSuper Salvador).

Os número mostram uma realidade que precisa ser mudada. Dados do Ministério da Igualdade Racial revelam que elas são o maior grupo populacional do Brasil: 11,3 milhões de mulheres pretas e 49,3 milhões de pardas, totalizando 28% da população total. Esse segmento clama por proteção em relação a violências estruturais do país.

Historicamente, as mulheres negras acumulam os piores índices sociais. Em 2022, a taxa de analfabetismo entre as mulheres negras era de 6,9%, o dobro da taxa de mulheres brancas (3,4%).

O site da Marcha mostra outros dados estatísticos revelando como as mulheres negras estão nos maiores índices de vulnerabilidade econômica e social do Brasil. Os números são o retrato da desigualdade. Confira:

>> Quase 80% das mulheres do país estão endividadas e cerca de 30% têm dívidas em atraso, muitas vezes contraídas para pagar comida e sobrevivência cotidiana. Esse endividamento, que cresceu desde a pandemia, só se multiplica no contexto de juros altos e perda de renda. 

>> Entre as mulheres negras, a precariedade é ainda mais dura: 63% dos lares chefiados por mulheres negras vivem abaixo da linha da pobreza; quase metade está na informalidade, sem direitos trabalhistas ou seguridade social.

>> Cerca de 21% das mulheres negras ocupadas sequer conseguem contribuir para a previdência. São a maioria entre as trabalhadoras domésticas e outras ocupações de baixos salários (IBGE, 2022). 

>> Mulheres negras receberam 47,5% a menos que homens não negros em 2024, segundo dados do relatório de transparência salarial.

com informações da Agência Brasil e do site da Marcha