CTB mobiliza sindicalistas para o Novembro Negro: tem marchas e seminário
Geral 10/11/2025 Escrito por:
Grandes eventos marcam o Novembro Negro no Brasil em 2025, exigindo atenção do sindicalismo classista: o seminário nacional da CTB na Bahia (19/11); o Dia da Consciência Negra, com a Marcha Zumbi/Dandara e lavagem da estátua de Zumbi (20/11), em Salvador, e a Marcha das Mulheres Negras (25/11), em Brasília.
O secretário nacional de Políticas de Promoção da Igualdade, Jerônimo Silva Júnior, destaca o papel que o sindicalismo deve jogar. "A CTB busca levar a visão do movimento sindical classista para a construção das ações do Novembro Negro. O racismo está presente em todos os setores da sociedade, inclusive no mundo do trabalho, exigindo envolvimento do movimento sindical. Além das atividades gerais que acontecem todos os anos, estamos responsáveis por construir o seminário nacional da Central, aqui na Bahia. Vamos realizar um grande evento", afirma.

MULHERES NEGRAS
As secretarias de Combate ao Racismo e das Mulheres da CTB Bahia estão se reunindo e mobilizando, especialmente para a Marcha das Mulheres Negras. Com o tema "Por Reparação e Bem Viver", a ação busca reunir um milhão de mulheres negras, em Brasília, por direitos e pelo fim do racismo e da violência.
Para Tereza Bandeira (Combate ao Racismo), as sindicalistas e o movimento sindical devem reforçar a atividade. "A marcha é um momento importante e estratégico para as mulheres negras trabalhadoras e sindicalistas se mobilizarem e se fazerem ouvir. As condições impostas pelo capitalismo nos colocam em condições vulneráveis para existir, resistir e viver. A reparação é urgente. É hora de cobrar o bem viver e exigir que nossas necessidades sejam atendidas e que nossas vidas sejam valorizadas. A escala 6x1 é um ataque direto à nossa saúde, à nossa dignidade e à nossa qualidade de vida. Não podemos mais aceitar isso", defende.

Segundo Lucimara Cruz (Mulheres), o grande objetivo da marcha é reivindicar reparação histórica e o fim do racismo e da violência contra as mulheres negras. "Ela ajuda a dar visibilidade às questões da mulher negra, que são as mais prejudicadas quando se atacam os direitos sociais e trabalhistas. As desigualdades e a violência atingem com maior força ainda as mulheres negras. O Brasil soberano que queremos é com políticas públicas que mudem a realidade e melhorem a vida desse segmento da sociedade que mais sofre com os problemas atuais", afirma.
