Médicos classistas lançam movimento de reconstrução do SINDIMED 

Médicos classistas lançam movimento de reconstrução do SINDIMED 

Geral 26/10/2025 Escrito por:

Organizar e defender a classe médica da Bahia, resgatando a trajetória de lutas de uma das mais importantes entidades do sindicalismo baiano e brasileiro. Esse é o principal objetivo do Movimento Reconstruir o SINDIMED, lançado por um grupo de médicos e médicas com um manifesto, neste sábado (25), na Faculdade de Medicina da Ufba, em Salvador.

Um dos líderes da ação, Dr. Tiago Timotio de Almeida reforça a importância da mobilização da categoria. "Somos jovens profissionais ao lado de pessoas mais experientes buscando resgatar o sindicato em um novimento amplo para defender nossa classe. Os médicos na Bahia estão precarizados, pejotizados, desprotegidos e desamparados. O SINDIMED atravessa uma profunda crise de confiança, reflexo de um problema administrativo e do distanciamento entre a entidade e a base. Por isso, nos unimos e buscaremos crescer a iniciativa envolvendo a classe médica nessa missão", afirmou, lembrando um dos trechos do manifesto.

O documento diz ainda que o SINDIMED já foi exemplo de luta e de representatividade: "Tinha uma estrutura profissional e presença em todas as regiões do estado. Esteve presente nas grandes lutas políticas e às vinculadas à categoria: do concurso público estadual de 2007, após 16 anos de ausência, e a conquista da implantação do Plano de Carreira, Cargos e Vencimentos (PCCV). Era uma voz respeitada e atuante no sindicalismo baiano, que produzia materiais, pautava debates e influenciava a opinião pública". 

PERDAS PARA CATEGORIA

Para as lideranças, o sindicato perdeu as quatros sedes regionais, relevância e credibilidade. "Se o número de médicos registrados na Bahia aumentou em mais de 10 mil nos últimos oito anos, a maioria sob contratos precários. Mesmo assim, o número de sindicalizados caiu drasticamente", afirmam.   

Segundo o manifesto, "o SINDIMED precisa ser voz ativa e respeitada na sociedade baiana, presente nos hospitais, nos postos de saúde, na capital e no interior. Precisa ser instrumento de transformação coletiva, e não espaço de privilégios para os dirigentes e de distanciamento da categoria". O Movimento Reconstruir o SINDIMED envolve jovens e experientes médicos, residentes, cirurgiões e profissionais de várias especialidades, da área pública e privada.