Durante o 14º Fórum Sindical do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e mais 5), que termina nesta quinta-feira (24) em Brasília, o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, destacou o papel do sindicalismo contra a ofensiva conservadora. “Nosso movimento sindical deve ser também um bastião contra a ascensão da extrema direita, que se aproveita da crise para dividir os trabalhadores e enfraquecer as conquistas sociais”, afirmou, destacando a importância de se unir para combater esses retrocessos.
O evento reúne representantes das centrais sindicais dos países membros e parceiros do bloco econômico, buscando promover a cooperação e o diálogo entre as nações. A CTB busca fortalecer os direitos dos trabalhadores e discutir os desafios globais que afetam a classe trabalhadora. Segundo Adilson Araújo, o momento é crucial para os movimentos sindicais em todo o mundo, que enfrentam uma série de desafios inéditos impostos pela crise econômica, geopolítica e pela ofensiva do capital contra os direitos trabalhistas.
Ele destacou que o BRICS Sindical ocorre em um “momento histórico”, onde a classe trabalhadora se vê diante da crescente precarização do trabalho e da ameaça a vários direitos trabalhistas. O dirigente criticou a escalada do protecionismo liderada pelos Estados Unidos. "Gera um risco iminente de uma nova recessão global. Cabe ao BRICS o papel protagônico de pavimentar o caminho para uma nova ordem econômica e política internacional, para construir alternativas ao modelo capitalista imperialista", declarou.
NOVAS TECNOLOGIAS E CRISE CLIMÁTICA
Araújo levantou preocupações sobre a apropriação privada de novas tecnologias, como a Inteligência Artificial. "Estão impactando o mercado de trabalho e contribuindo para o aumento do desemprego. A agenda neoliberal dos patrões é clara: destruir o Direito do Trabalho, desregulamentar as relações trabalhistas e precarizar os contratos”, alertou, pedindo uma resistência firme contra essas ameaças.
Para o sindicalista, a luta é contra as desigualdades econômicas e o avanço do autoritarismo e do neofascismo, que ganham força no mundo. Adilson defendeu a unidade dos trabalhadores e a necessidade de enfrentar a extrema direita, que se alinha com as grandes corporações e as chamadas “big techs”.
O presidente da CTB destacou a importância de discutir a crise climática. "A ordem capitalista, liderada por governos negacionistas como os EUA de Donald Trump, não está disposta a buscar soluções reais para os problemas ambientais. O BRICS tem a oportunidade de criar uma nova ordem multilateral que seja sustentável e justa, tanto para os povos quanto para o meio ambiente", defendeu.
com informações da CTB Nacional
