As mortes de Paulo Colombiano e de sua esposa Catarina Galindo, completam nove anos neste sábado (29), a CTB Bahia juntamente com amigos e familiares realizaram na manhã desta sexta-feira (28), um ato em frente ao Fórum Ruy Barbosa, para cobrar justiça pelo assassinato do casal, que contou também com a presença de lideranças do movimento sindical e social.
A vice-presidente da CTB Bahia Rosa de Souza ressaltou a importância da manifestação. “Estamos aqui mais um ano para lembrar as autoridades que o caso não pode ficar impune, exigimos que os mandantes e executores sejam encaminhados a júri popular, a família e amigos vem sofrendo a nove anos com a perda desse casal querido por todos, nós iremos continuar pressionando para que aja mais agilidade no andamento do processo, não iremos deixar cair no esquecimento”, concluiu.
Impunidade
Paulo Colombiano e Catarina Galindo foram assassinados no dia 29 de junho de 2010, quando chegavam em casa no bairro de Brotas, em Salvador. De acordo com a Polícia, o crime foi motivado pela atuação de Colombiano à frente da Tesouraria do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, onde descobriu irregularidades no plano de saúde da categoria, sob a responsabilidade da MasterMed, com desvios que chegavam a R$ 35 milhões entre 2005 e 2010.
Foram os donos da empresa, o oficial aposentado da PM Claudomiro César Ferreira Santana e seu irmão, o médico Cássio Antônio Ferreira Santana, que mandaram matar o casal. A execução ficou a cargos de seus funcionários, Daílton Jesus, Edilson Araújo e Wagner Souza. Os acusados chegaram a ser presos, mas foram liberados para responder ao inquérito em liberdade, fato que revoltou a família, diante das provas apresentadas no inquérito enviado à Justiça.
Em 2014, o Tribunal de Justiça da Bahia chegou a anunciar que os réus iriam a júri popular, mas os acusados recorreram da decisão. Atualmente, aguarda-se a designação de um procurador de Justiça para se manifestar sobre o caso e, após isso, os recursos da defesa e da acusação serão julgados. Depois que houver o julgamento, caso os acusados sejam condenados, ainda cabem recursos a instâncias superiores, que podem garantir por tempo indeterminado a liberdade dos criminosos até uma decisão definitiva em um dos fóruns da Justiça.