CTB Mulher faz balanço positivo e projeta ações para 2025
Geral 19/12/2024 Escrito por:
Fim de ano sempre projeta nas pessoas, especialmente para quem faz a luta social, o sentimento duplo de avaliar o que se fez e projetar o que é preciso fazer no ano seguinte. Com essa compreensão, a Secretaria da Mulher da CTB Bahia reuniu a Operativa do Coletivo de Mulheres com várias sindicalistas. Com o tema "Mulheres trabalhadoras em luta, rumo à ampliação de direitos, promoção da igualdade, equidade e autonomia", o encontro aconteceu nesta quinta-feira (19), na sede conjunta da FETIM Bahia (Federação dos Metalúrgicos) e da FEC Bahia (Federação dos Comerciários).
"Aonde queremos chegar? Quais as nossas metas e objetivos?". Com essas indagações provocativas, a secretária da Mulher, Flora Lassance, situou os objetivos do encontro à luz da conjuntura política atual: fazer um balanço do ano; apresentar propostas do Plano de Ação no 1º semestre de 2025, que inclui a convocação do VI Encontro Estadual de Mulheres Trabalhadoras da CTB, e um debate sobre o tema "Rivalidade feminina X sororidade: Que caminhos trilhar?
"Nós sabemos o quanto é difícil a atuação das mulheres nos espaços políticos ainda encontra dificuldades, mas temos conseguido avançar bastante. Só tenho a agradecer a todas vocês e outras dirigentes por todo o trabalho e ações que construímos e implementamos coletivamente. Fazemos um balanço muito positivo", enfatizou.
BALANÇO E AÇÕES PARA 2025
A dirigente listou as atividades realizadas pela CTB e com participação das classistas: 8 de Março, com ações na capital e no interior; Encontro Nacional da Rede de Comunicação da CTB; reunião do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher; reativação do Fórum Nacional das Centrais para as Mulheres; atos contra a PEC do Estuprador; 2 de Julho; debate sobre a participação das mulheres na política, com as deputadas Alice Portugal e Jandira Feghali; Julho das Pretas; Prêmio Clarice Pereira, em construção conjunta com a APLB; participação no Agosto Lilás e ato Feminicídio Zero; construção e condução do Outubro Rosa; atividades da Setre Bahia pelo trabalho decente; na Agenda do Trabalho Decente, dando o corte de gênero; criação do Coletivo LGBTQIAPN+ junto com a Secretaria de Políticas para Diversidade; homenagem à ministra do TST, Delaíde Alves Miranda Arantes; no Grito dos Excluídos; presença na eleição para o Conselho da EBC; construção do seminário "Precisamos conversar com os homens", sobre o combate à violência de gênero; participa nas eleições municipais com várias candidatas sindicalistas; 17 reuniões presenciais e 50 virtuais.
Para 2025, a secretaria propôs:
15/01 - Criar o podcast sindical e o jornal da CTB Mulher, junto com a secretaria de Imprensa
26/01 - Nova edição da roda de conversa "Precisamos conversar com os homens"
08/03 - Presença no Dia Internacional da Mulher
26/03 - Realizar o 6º Encontro Estadual da Mulher da CTB
24/04 - Lançamento oficial do Selo Mulher Retada
SELO MULHER RETADA
No encontro foi lançado, internamente, o Selo Mulher Retada, da CTB, para homenagear mulheres que lutam pela transformação social. Foram agraciadas na reunião: Raiana e Bete (assessoras da CTB Bahia); as professoras Jhay Lopes (APLB e CTB) e Rita Soares; Daiane Alcântara (SINTEST e CTB); Sônia Maria (SINTRACOM); Rosemeire Correia (Comerciários e CTB); Sara Pereira e Sueli Bahia (Comerciários); Josélia Ferreira (SintraSuper); Marta Regina, Nole Fraga e Nancy Andrade (Bancários); Maria Valdete (Previdenciários). Veja as fotos ao final.
SORORIDADE x RIVALIDADE
Para o debate sobre sororidade X rivalidade, a coordenadora da CTB Portal do Sertão, Daiana Alcântara destacou a importância de as sindicalistas atuarem com empatia, confiança, cooperação e acolhimento entre todas. "É crescer nas dificuldades com apoio mútuo entre as mulheres. Assim, exercitamos a sororidade para combater a rivalidade, que é um condicionamento cultural, e avançamos para construir novos comportamentos para enfrentar esses espaços hostis para as mulheres. É essencial que as mulheres se tornem protagonistas em suas atividades, se fortalecendo, enfrentando e eliminando os rótulos e adjetivos negativos que nos colocam quando atuamos. Venceremos a rivalidade com ações coletivas e assertivas, e muita unidade", afirmou.
Convidada para a reunião, a terapeuta cognitivo e escritora Leila Thaise ressaltou a necessidade de construir a unidade feminina respeitando as diferenças. "As pessoas são diferentes por educação, cultura e histórias de vida distintas. Precisamos entender que somos complementares das outras pessoas e podemos caminhar na mesma direção. É possível vencer os obstáculos à sororidade com decisões e escolhas mais assertivas. As mulheres podem atuar sem se masculinizar ou assimilar culturas do comportamento masculino. Mudar comportamentos é uma questão de decisão, para fazer diferente", destacou.
Nos debates, as intervenções enfatizaram que é um desafio permanente para as sindicalistas combaterem práticas ruins que a sociedade impõe a todos e fortalecer o respeito, o incentivo, a valorização e a unidade entre as mulheres.